21.10.08

Projeto Despertar Socioambiental assina acordo de cooperação com Colégio Estadual Parigot de Souza





O Colégio é a única instituição de Ensino Médio de Inácio Martins sendo que mais de 90% dos alunos vivem em áreas rurais próximas do centro da cidade

O Projeto Despertar Socioambiental em conjunto com o Colégio Estadual Parigot de Souza assinaram, em setembro, o acordo de cooperação para a realização das Oficinas de Sensibilização Ambiental e Educomunicação.
O objetivo das oficinas é sensibilizar e despertar o interesse coletivo dos jovens quanto à importância do Corredor Araucária, sua conservação e o uso sustentável dos recursos naturais.
De acordo com a Coordenadora Geral do projeto, Renata Padilha, a intenção é instrumentalizar os alunos para a produção de comunicação que mobilize e gere diálogo sobre a importância da participação coletiva na preservação ambiental.“Percebemos que a educomunicação e a educação ambiental são determinantes no processo de despertar o conhecimento e cidadania para os jovens da região”, conta Renata.



Foram escolhidos 15 alunos do Ensino Médio e cinco professores através de um concurso de redação sobre o tema “socioambiental”. As professoras ajudaram na mobilização e na avaliação e escolha das redações. Segundo a professora de geografia, Lucélia Santos de Lima, a equipe pedagógica conseguiu mobilizar cerca de 50 alunos no total. “Primeiro fizemos uma apresentação do projeto Despertar Socioambiental aos alunos e os que se interessaram escreveram a redação”, explica Lucélia.
Para a Diretora do Colégio, Meridiana Perussolo, “o projeto está sendo importante para gerar novos conhecimentos e integrar os alunos em novas ações para melhorar o meio ambiente”, ressalta Meridiana (foto acima).

9.7.08

A Carta da Terra

No dia 14 de março de 2000 na Unesco em Paris foi aprovada depois de 8 anos de discussões em todos os continentes, envolvendo 46 paises e mais de cem mil pessoas, desde escolas primárias, esquimós, indígenas da Austrália,do Canadá e do Brasil, entidades da sociedade civil, até grandes centros de pesquisa, universidades e empresas e religiões a Carta da Terra. Ela deverá ser apresentada e assumida pela ONU, após aprofundada discussão, com o mesmo valor da Declaração dos Direitos Humanos. Por ela poder-se-ão agarrar os agressores da dignidade da Terra, os Pinochets anti-ecológicos em qualquer parte do mundo e levá-los aos tribunais.

Na Comissão de Redação estavam Mikhail Gorbachev, Maurice Strong, Steven Rockfeller, Mercedes Sosa, Leonardo Boff e outros. Aqui segue a Carta para ser discutida nas comunidades e em todos os âmbitos. Seu texto pode ser encontrado na internet: www.cartadaterra.org ou www.earthcharter.og

A CARTA DA TERRA
Preâmbulo
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, temos que reconhecer que no meio da uma magnifica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa ressponsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

A Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia para abastecer a todos e reducir nossos impactos ao meio ambiente. O aparecimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios, ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluçoes includentes.

Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos ao mesmo tempo cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual, a dimensão local e global estão ligadas. Cada um comparte responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem estar da família humana e do grande mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo presente da vida, e com humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas de negócios, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.

PRINCíPIOS:

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente do uso humano.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a. Aceitar que com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger o direito das pessoas.
b. Afirmar que, o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder comporta responsabilidade na promoção do bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e dar a cada a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justiça econômica propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração com referência ao meio ambiente é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo termo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adotar planos e regulações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação integral sejam parte de todas as iniciativas de desenvolvimento
b. Estabelecer e proteger uma natureza viável e as reservas da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de apoio à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecosisstemas em perigo.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às especies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como a água, solo, produtos florestais e a vida marinha com maneiras que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecosistemas.
f. Manejar a extração e uso de recursos não renováveis como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminua a exaustão e não cause sério dano ambiental.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e quando o conhecimento for limitado, tomar o caminho da prudência.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica seja incompleta ou não conclusiva.
b. Impôr o ônus da prova àqueles que afirmam que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas globais, cumulativas, de longo termo, indiretas e de longa distância.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de sustâncias readioativas, tóxicas ou perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e confiar-se de forma crescente nos recursos energéticos renováveis como a energia solar e o vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência equitativa de tecnologias ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e permitir aos consumidores identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal ao cuidado sanitário que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e o suficiente material num mundo finito.
8. Aprofundar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e uma ampla aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar o cooperação científica e técnica internacional com respeito à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, econômico e ambiental.
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e à higiene segura, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e dar seguro médico e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se a si mesmos.
c. Reconhecer o não instruido, proteger o vulnerável, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.
10. Garantir que as atividades econômicas e instituições em todos os níveis promovam o desenvolvimeto humano de forma eqüitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro e entre nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e aliviar as dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas laborais progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício da população e responsabilizá-las pelas consequências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, ao cuidado da saúde e às oportunidades econômicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com a violência contra elas.
b. Estabelecer a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiros plenos e paritários, formadores de opinião, líderes e beneficiários.
c. Reforçar as famílias e garantir a seguridade e a amorosa criação de todos os membros da família.
12. Apoiar, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, dando especial atenção aos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas na raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, ética ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os para comprir seu papel essencial na criaçao de sociedades sutentaveis.
d. Proteger e restaurar lugares notaveis, de significado cultural e espiritual.

IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ

13. Reforçar as instituições democráticas em todos os niveis e garantir-lhes transparência e credibilidade no exercício do governo, a participação inclusiva na tomada de decisões e no acesso à justiça.
a. Garantir o direito a todas as pessoas de receber informação clara e em tempo hábil sobre assuntos ambientais e desenvolvimento de todos os planos e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tivessem interesse.
b. Apoiar sociedades locais, regionais e globais e promover a participação ativa de todos os indivíduos e organizações na toma de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição.
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo mediação e retificação dos danos ambientais e da ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus própios ambientes e definir responsabilidades ambientais a nível governamental onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar na educação formal e aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e a jovens, oportunidades educativas que os empodere a contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades assim como das ciências na educação sustentável.
c. Maximizar o papel dos meios de comunicação de massas no sentido de aumentar a conscientização dos desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.
15.Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e diminuir seus sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento externo, prolongado o evitável.
c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies ameaçadas.
16.Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Estimular e apoiar os entendimentos mútuos, a soliedariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro e entre nações.
b. Implementar estratégias combinadas para prevenir conflitos violentos e animar a colaboração de todos para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição de massa.
e. Afirmar que o uso de espaços orbitais e exteriores apoiam a proteção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a integridade criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com o grande Todo do qual somos parte.


Como continuar

Como nunca antes na história o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que comprometer-nos a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de de um modo de vida sustentavel a nivel local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender da continuada busca de verdade e de sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituiçoes educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresa é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra junto com um instrumento legal vinculante com referência ao ambiente e ao desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre celebração da vida.

http://www.earthcharterinaction.org/content/
http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/index.html

8.7.08

aspas para Leonardo Boff: "..."

Respeito a todo ser, à Mãe Terra

Se reconhecermos, como os povos originários e muitos cientistas modernos, que a Terra é Gaia, Mãe generosa, geradora de toda vida, então devemos a ela o mesmo respeito e veneração que devotamos às nossas mães. Em grande parte, a crise ecológica mundial deriva da sistemática falta de respeito para com a natureza e a Terra.

O respeito implica reconhecer que cada ser vale por si mesmo, porque simplesmente existe e, ao existir, expressa algo do Ser e daquela Fonte originária de energia e de virtualidades da qual todos provém e para a qual todos retornam (vácuo quântico). Numa perspectiva religiosa, cada ser expressa o próprio Criador.

Ao captarmos os seres como valor intrínseco, surge em nós o sentimento de cuidado e de responsabilidade para com eles a fim de que possam continuar a ser a a coevoluir.

As culturas originárias atestam a veneração face à majestade do universo, o respeito pela natureza e para cada um de seus representantes.

O budismo que não se apresenta como uma fé mas como uma sabedoria, um caminho de vida em harmonia com o Todo, ensina a ter um profundo respeito, especialmente, por aquele que sofre (compaixão). Desenvolveu o Feng Shuy que é a arte de harmonizar a casa e a si mesmo com todos os elementos da natureza e com o Tao.

O Cristianismo conhece a figura exemplar de São Francisco de Assis (1181-1226). Seu mais antigo biógrafo, Tomás de Celano (1229) testemunha que andava com respeito por sobre as pedras em atenção daquele, Cristo, que foi chamado de “pedra”; recolhia com carinho as lesmas para não serem pisadas; no inverno, dava água doce às abelhas para não morrerem de frio e de fome.

Aqui temos a ver com um outro modo de habitar o mundo, junto com as coisas convivendo com elas e não sobre as coisas dominando-as.

Extremamente atual é a figura do humanista Albert Schweitzer (1875-1965). Elaborou grandiosa ética do respeito a todo o ser e à vida em todas as suas formas. Era um grande exegeta e famoso concertista das músicas de Bach. Num momento de sua vida, largou tudo, estudou medicina e foi servir hansenianos em Lambarene no Gabão.

Diz explicitamente, numa carta, que “o que precisamos não é enviar para lá missionários que queiram converter os africanos, mas pessoas que se disponham a fazer para os pobres o que deve ser feito, caso o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuam algum valor. Se o Cristianismo não realizar isso, perdeu seu sentido”.

Em seu hospital no interior da floresta tropical, em Lambarene, entre um atendimento e outro, escreveu vários livros sobre a ética do respeito, sendo o principal este: O respeito diante da vida (Ehrfurcht vor dem Leben).

Bem diz ele:”a idéia-chave do bem consiste em conservar a vida, desenvolvê-la e elevá-la ao seu máximo valor; o mal consiste em destruir a vida, prejudicá-la e impedi-la de se desenvolver. Este é o princípio necessário, universal e absoluto da ética”.

Para ele, o limite das éticas vigentes consiste em se concentrarem apenas nos comportamentos humanos e esquecerem as outras formas de vida. Numa palavra: “a ética é a responsabilidade ilimitada por tudo que existe e vive”

Dai se derivam comportamentos de grande compaixão e cuidado. Numa prédica conclamava: “Mantenha teus olhos abertos para não perder a ocasião de ser um salvador. Não passe ao largo, inconsciente, do pequeno inseto que se debate na água e que corre risco de se afogar. Tome um pauzinho e retire-o da água, enxugue-lhe as asinhas e experimente a maravilha de ter salvo uma vida e a felicidade de ter agido a cargo e em nome do Todo-poderoso. A minhoca que se perdeu na estrada dura e seca e que não pode fazer o seu buraco, retire-a e coloque-a no meio da grama. ‘O que fizerdes a um desses mais pequenos foi a mim que o fizestes’. Esta palavra de Jesus não vale apenas para nós humanos mas também para as mais pequenas das criaturas”.

Essa ética do respeito é categórica no momento atual em que a Mãe Terra se encontra sob perigoso estresse.

Leonardo Boff é autor de Convivência, Respeito, Tolerância, Vozes 2006.

7.7.08

Inácio Martins recebe projeto com foco na sensibilização socioambiental

Já imaginou assistir um vídeo sobre sua cidade? E melhor, produzido com a participação da própria comunidade? Estímulo, sensibilidade e percepção são as palavras chaves do Projeto Despertar Socioambiental: comunicação e interação com a comunidade de Inácio Martins.


A ação faz parte do Instituto de Ecoturismo do Paraná, por meio do Projeto Paraná Biodiversidade, financiado pelo GEF (Global Environmental Facility Fund)/ Banco Mundial.
Com o objetivo de buscar a percepção da comunidade sobre a Floresta com Araucária na região, o projeto pretende mobilizar a comunidade de Inácio Martins a conhecer a importância do Corredor Ecológico Araucária, criado pelo Governo do Estado para recuperar e conservar uma das regiões que mais possui remanescentes de Floresta Ombrófila Mista.
Conhecida popularmente como Floresta com Araucária, estudos revelam que resta apenas 1% de floresta nativa no Estado. Grande parte da perda da biodiversidade desta floresta se deve a grande exploração da madeira com a construção da linha férrea São Paulo – Rio Grande do Sul, que passa dentro de Inácio Martins. Segundo a história da cidade, a partir da década de 1940 surgiram os primeiros compradores de pinheiros e iniciou-se a extração da madeira em larga escala.
O Projeto Paraná Biodiversidade vem elaborando estratégias de manejo sustentável e conservação dos recursos naturais com o desafio de formar corredores ecológicos ligando unidades de conservação. O Corredor Araucária abrange 11 municípios, sendo que Inácio Martins é o primeiro, estrategicamente localizado como porta de entrada do Corredor.
Uma das principais ações previstas no projeto Despertar Socioambiental é capacitar alunos e professores do Colégio Estadual Parigot de Souza, única instituição que possui ensino médio no município, para a produção do documentário audiovisual. “A partir de oficinas de educação ambiental e educomunicação os jovens poderão participar desde a elaboração do roteiro do vídeo até fazer entrevistas com a própria comunidade gerando um diálogo maior sobre meio ambiente e sobre a realidade da região”, ressalta a coordenadora de educação ambiental do projeto, Flávia Fernandes.
A proposta do vídeo, ferramenta de cunho informativo e didático interdisciplinar de educação ambiental, vem ao encontro da própria comunidade despertar o interesse pela história de Inácio Martins e por sua realidade atual. Além de estimular o público jovem para o diálogo socioambiental, o vídeo servirá como complemento para que os professores da rede municipal e estadual possam utilizar como material de apoio às disciplinas de ciências, história, geografia, entre outros, ampliando a percepção da comunidade local.

6.7.08

Namastê! A gratidão em compartilhar com você.

Este blog é reflexo multisensorial do trabalho de pessoas em fluxo. Profissionais por formação e Criativas por opção. Sempre coordenadas, não necessariamente, sim imprevisivelmente obstinadas e apaixonadas pelo que fazem e felizes com os despertares de todos.


DESPERTAR SOCIOAMBIENTAL é assim: a flor da pele, sinta o movimento.


- EDUCOM - educomunicação, e aí sabe o que é?!

- MEIO AMBIENTE, de que lado você está?

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REDE MANDALA... luz, câmera, ação.


bom, isso e um colorido horizonte você encontra aqui. Informação, Notícia e Curiosidades sobre meio ambiente, sustentabilidade, marketing verde, educomunicação, produção de filmes, música, poesia e artes, trabalhos academicos, teses, doutorados, um infinito complexo de notícias relacionadas;

e porque não o que você tem a expressar com tudo isso?! opine, escreva, envie seu trabalho sempre que puder, apareça e compartilhe. outras pessoas que interagem com este blog podem gostar do que você tem a dizer. experimenta pra ver.

baitaabraço!
ahô,


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