30.3.09

Guaraniaçu Cultural Lança o Despertar Sócioambiental 2 :: Tickets Sold out!




O Instituto de Ecoturismo do Paraná e a Casa Familiar Rural lançaram, nesta segunda-feira, às 14h, no Centro Cultural Bernardo Filho em Guaraniaçu, a segunda edição do vídeo Despertar Socioambiental.
O projeto é uma ação de intervenção social com foco na sensibilização ambiental, a partir da percepção da comunidade em relação ao Corredor Ecológico Iguaçu-Paraná, implantado, em 2003, pelo Projeto Paraná Biodiversidade.


Este vídeo, co-produzido por alunos de 5ª e 7ª série da Casa Familiar Rural é um “chamado” para refletirmos sobre a questão social e ambiental em uma das regiões de maior atividade agrícola no Estado. O vídeo conta como a Agricultura Familiar vem transformando a realidade do município e conscientizando a população local sobre a preservação do meio ambiente.
O projeto foi desenvolvido pelo Instituto de Ecoturismo do Paraná, por meio do Projeto Paraná Biodiversidade, financiado pelo GEF (Global Environmental Facility Fund)/ Banco Mundial.






Ficha Técnica Despertar Socioambiental 2 - Guaraniaçu:
Coord.Geral: Renata Garrett Padilha;
Educadora Ambiental: Flávia Fernanda Fernandes;
Comunicação Social e Comunitária.: Fernanda Dorta;
Edição e Finalização: Felipe Muller;
Dir. Comunicação e Audiovisual: Rafael Rodrigues Machado.

29.3.09

Educomunicação :: Pedagogia da Alternância :: Agricultura Familiar



Na segunda edição do projeto Despertar Socioambiental buscamos a percepção da comunidade de Guaraniaçu, localizado no oeste do estado, em relação ao Corredor Ecológico Iguaçu-Paraná.
Na primeira propriedade que visitamos, de João e Aparecida Strazza, localizada na comunidade Alto Alegre, aproximadamente 10 km do centro da cidade, percebemos que a questão da agricultura familiar é ponto principal dos pequenos produtores de Guaraniaçu. A família de João produz um pouco de cada coisa para subsistência como frango caipira, ervas medicinais, vaca de leite. Os produtos ainda não são vendidos para o Celeiro – Mercado do Agricultor – mantido pela Associação da Agricultura Familiar de Guaraniaçu (AAFAMIG), mas a família vende sob encomenda. Eles possuem uma lavoura pequena com horta para o próprio consumo da família e quem cuida da horta são os filhos Laurindo e Amanda, alunos da Casa Familiar Rural.
Assim como a família de João e Aparecida, a principal dificuldade é a falta de financiamento e a assistência técnica e rural, embora a Emater esteja cumprindo suas demandas. Os moradores afirmam que com a organização da agricultura familiar no município muitas famílias estão sendo beneficiadas e tem recebido assistência dos órgãos competentes. Segundo Aparecida Strazza, é só uma questão de tempo para que essas famílias se organizem e possam aperfeiçoar suas produções.
Corredor Iguaçu-Paraná - Em relação ao Corredor Iguaçu-Paraná, os produtores tem muito cuidado com a beira do rio. Além de cercar os 20% da área de mata ciliar, a família já está construindo a proteção de fonte e cumprindo a Reserva Legal, como manda a Lei. As famílias estão sendo orientadas pela Casa Familiar Rural, que ensina técnicas aos seus alunos, além da assistência da Emater aos pequenos e médios agricultores.


A Casa Familiar Rural – Após passar dias intensos convivendo com professores, alunos e funcionários da Casa Familiar Rural, buscamos a percepção do papel da pedagogia da alternância na agricultura familiar. A pedagogia da alternância é uma metodologia de ensino teórico-prática onde os alunos permancem uma semana na escola e uma semana em suas propriedades aplicando conhecimentos sobre agricultura orgânica, planejmanto familiar, preservação ambiental, entre outros.
De acordo com os professores a Casa Familiar Rural vem dando grandes resultados para as famílias de agricultores. “Nós não formamos apenas futuros agricultores, nós também formamos cidadãos”, reforça Franciele Gervarsoni, monitora e professora do CFR. A equipe do Despertar se sensibilizou com a forma de trabalho diferenciada que a CFR oferece aos seus alunos e ofereceu aos professores uma oficina de Educomunicação – módulo Jornal-mural, para que eles possam trabalhar com a produção de comunicação dentro da metodologia da alternância. A oficina de educomunicação faz parte da metodologia Rede Mandala, criada pela equipe interdisciplinar do Instituto de Ecoturismo do Paraná.
Segundo Francieli, na pedagogia da alternância, adotada pela CFR, existe uma atividade chamada “colocação em comum”. Essa atividade é um espaço de diálogo onde os alunos expõem o que fizerem em suas propriedades durante a semana em que ficaram em casa. “Se usarmos o jornal-mural para reproduzir esse diálogo, acredito que possamos engrandecer as conversas e fazer com que eles exercitem a escrita e possam registrar aquilo que fizeram”, complementa Franciele.
Na propriedade da família de Eloi e Jane Giacomel, localizada na comunidade Rocinha, o maior ganho de 2008 foi com a produção do bicho da seda. A família conta que após ter colocado o filho Willian na Casa Familiar Rural a tendência foi só melhorar as produções agrícolas na propriedade dos Giacomel. “Nosso filho nos traz uma série de conhecimentos como adubação, proteção de fontes, entre outros, que só vem somar com o que estamos buscando para melhorar nossa qualidade de vida”, ressalta Eloi.

23.3.09

Em busca do Equilíbrio Socioambiental



Após a primeira edição do projeto Desperta Socioambiental, em Inácio Martins, localizado no Centro-sul do Paraná, fomos para a região oeste do estado, em Guaraniaçu, a 60 Km de Cascavel.
Embora as duas realidades sejam diferentes, percebemos o pinheiro-araucáia como remanescente de mata nativa nas duas regiões. Não podemos considerar grandes remanescentes de floresta nativa, mas pelo diagnóstico participativo pudemos observar o símbolo do Paraná mesmo em vegetações diferentes. Inácio Martins, pertencente ao Corredor Araucária, implantado pelo Projeto Paraná Biodiversidade, possui uma cultura forte na produção de carvão e na extração da madeira. Já em Guaraniaçu, pertencente ao Corredor Iguaçu-Paraná, percebemos a devastação da floresta por ser uma das regiões que mais produz soja e gado no estado.
Embora cada localidade possua suas peculiaridades e problemas socioambientais, identificamos um esforço da população local em mudar a cultura tanto do corte da madeira para produzir carvão buscando novas alternativas de renda como da agricultura convencional para a agricultura ecológica.


Diferente do que encontramos em Inácio Martins, onde o índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dos mais baixos do Paraná, ficamos entusiasmados em conhecer o trabalho que o município de Guaraniaçu vem desenvolvendo em relação à Agricultura Familiar. O município tem investindo cada vem mais nos pequenos e médios agricultores que buscam diversificar as produções de suas propriedades buscando uma qualidade de vida tanto social quanto ambiental.
A maioria dos moradores que entrevistamos para o documentário educativo, produzido em parceria com a Casa Familiar Rural de Guaraniaçu, afirmam estar fazendo o manejo sustentável de suas propriedades, buscando proteger a beira dos rios e proteção de fontes e nascentes.






Encontramos um caminho livre e cheio de novas possibilidades na Agricultura Familiar e vimos que é possível fazer o desenvolvimento sustentável sem prejudicar a qualidade de vida e o desenvolvimento local.
Mudar a cultura, mexer na estrutura de mercado agrícola e da madeira e tornar nosso modelo econômico atual em um modelo sustentável é o grande desafio das comunidades, órgãos públicos, terceiro setor e empresas privadas. É de suma importância que cada instituição e ator social faça sua parte em dialogar, se organizar e compartilhar os interesses coletivos para que a política ambiental do estado se fortaleça e se torne acessível para toda sociedade paranaense. Gestão compartilhada é o caminho para o equilíbrio socioambiental.




Audiovisual em Co-produAção com as Crianças de Inácio!

Além de estimular o público jovem para o diálogo socioambiental, o vídeo servirá como complemento para que os professores da rede municipal e estadual possam utilizar como material de apoio às disciplinas de ciências, história, geografia, entre outros, ampliando a percepção da comunidade que habita a região.
O documentário tem a duração de 24 minutos e retrata a importância do remanescente de Floresta com Araucária dentro do Corredor Ecológico Araucária, implantado em 2003 pelo Governo do Estado, através do Projeto Paraná Biodiversidade. O principal objetivo do “Despertar” foi buscar a percepção da comunidade em relação ao corredor.
Além do desenvolvimento do vídeo, o projeto trabalhou com a sensibilização ambiental e a educomunicação para 15 jovens e cinco professores do Colégio Estadual Parigot de Souza. O público trabalhado levantou informações através de teatro, trilha na mata, produção de jornal-mural, entre outros, que orientou a equipe audiovisual na construção do roteiro do vídeo.
“Para mim o projeto representou o ‘despertar’ para a realidade do nosso município, que muitas vezes não paramos para pensar quanta diversidade estamos perdendo. Eu acho que esse projeto formou multiplicadores de defensores do Meio Ambiente, da nossa Biodiversidade. Agora somos uma semente e no futuro muitos frutos”, expressa a professora Vanderléia Pinto, que participou das oficinas oferecidas pelo projeto.
O “Despertar Socioambiental” começa, em dezembro, sua segunda edição no município de Guaraniaçu, que pertence ao Corredor Iguaçu-Paraná. A ação faz parte do Instituto de Ecoturismo do Paraná, através do Projeto Paraná Biodiversidade, financiado GEF (Global Environmental Facility Fund)/ Banco Mundial.

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